Na 7ª série (8º ano) ainda estudei em escola particular. Lembro de
alguns amigos e colegas que tive.
O Anderson era um anão branquinho de olhos azuis. Ele tinha baixa
estatura, e o corpo era desproporcional. Suas pernas e braços eram pequenos e a
cabeça era grande. Suas mãos eram pequenas e largas e os dedos bem curtos.
Não lembro
bem dos apelidos, porque como ele era amigo de todo mundo, o pessoal
respeitava. Mas lembro que pouca gente se associava a ele. Quando tinha
trabalho em grupo, quase sempre fazíamos juntos.
Morava perto da escola em um prédio de esquina no centro comercial do
bairro Santana. Lembro que certa vez fui fazer um trabalho na casa dele e
percebi que o apartamento além de pequeno, tinha muito cacareco.
Conversamos sobre
o seu nanismo. Ele reclamava que as pessoas chamavam ele de anão, e ele
perguntava para mim sobre o que eu achava.
Como eu também era pequeno, dizia
que depois ele iria crescer.
O outro amigo era um drogado. Chegava chapado na escola. Isso quando ele
ia. Começou a influenciar um outro colega meu ao uso de drogas.
Quando a
família descobriu, tirou o menino imediatamente da escola. Lembro que certa vez fui fazer
um trabalho na casa dele. Ele também morava lá perto. Morava num prédio.
Lembro
que o quarto era pequeno e tinha uma janela para a rua principal. Tinha um
violão encostado na parede. Fizemos o trabalho e ele depois tocou alguma coisa.
No fim do ano, a professora de música pediu para fazermos uma
apresentação. Me juntei a ele e usei um órgão.
Meu colega drogado tocou
guitarra e cantou uma música de rock pesado, e o anão tocou bateria. Arrasamos na
apresentação. No fim todos levantaram, aplaudiram e assobiaram. Foi inesquecível!
Outra vez esse meu colega drogado estava bem chapado. Então ele se
aproximou de mim e colocou o pênis para fora.
Lembro que estava ereto e tinha
muitos pelos, porque ele já tinha uns 16 anos. Fiquei assustado e me afastei
dele. Nunca tinha visto o pênis de nenhum amigo ou colega. Ainda mais, com
ereção.
No início desse ano passei em frente ao prédio do Anderson, mas não sei se
ele ainda morava ali. Fiquei com receio de ir lá bater na porta. Quem sabe
outro dia que passar por lá, não tome coragem de ir visitá-lo.
Beijos nos pés!