terça-feira, 25 de junho de 2013

Irmãos gêmeos


Em nossa espécie, um único óvulo fecundado pode se duplicar e formar dois zigotos que se tornarão indivíduos geneticamente idênticos. Terão o mesmo sexo e serão muito parecidos fisicamente. Isso foi o que aconteceu com meus colegas da 3ª Série.

Adorava essa escola. Apesar de ser rígida, aprendi muito durante o tempo que passei lá. A infra estrutura era boa. Tinha quadras esportivas, piscina e muito mais. Cantávamos músicas religiosas no início de cada dia ou então líamos textos da Bíblia.

Lembro de um colega bem branquinho que estudava comigo. Não consigo lembrar seu nome mais posso descrevê-lo. 

Seus cabelos eram lisos e castanhos, tinha olhos claros, amendoados, pele branca e o que mais gostava, é que tinha um pezão. Enquanto meus colegas e eu éramos menores, ele era bem maior. 

Calçava um número acima do meu.  O que mais gostava dele é que tinha um irmão gêmeo idêntico a ele. Eram iguais em tudo. A única coisa é que seu irmão era um pouco mais simpático que ele.

Nas aulas de natação, fazia a festa. Podia ver todos os meus coleguinhas descalços, inclusive o professor que tinha um baita pezão. Não lembro muito do professor, mas com certeza lembro que tinha uns pés lindos. 

Gostei muito desse colega, apesar que andei de chamego com uma coleguinha. 

Nessa época já estava em crise. Tinha uma menina que era minha amiga e que dançou a festa Junina comigo. Gostava dela. Brincávamos que éramos namorados. Eu gostava sinceramente dela, mas meus olhos não deixavam de olhar para os pés dos meninos. 

Esse coleguinha gêmeo me marcou muito, porque tinha curiosidade de saber mais sobre eles. Acho que foi a primeira vez que estudei com dois gêmeos monozigóticos. 

Pena que seu irmão estudava na classe ao lado. Em compensação, quando ele faltava, me contentava em olhar para o seu irmão gêmeo no recreio.

Apesar de sempre meu lado hétero querer aflorar, eu sempre gostei de homens desde pequeno. 

Minha fixação por pés só se dava por pés masculinos. Tempos depois, quando eu ia para a casa dos colegas, sempre que íamos para a piscina, reparava nos pés dos colegas. 

Nessa época não entendia que isso se chamava podolatria. 

Achava que não regulava bem da cabeça. Hoje, entendo que todos nós, sem exceção, temos alguma mania, fixação, ou seja lá que nome for.

Beijos nos pés!

Modelos:
Jonathan e Kevin Ferreira de Sampaio.
Marcio e Marcos Patriota.
Kyle e Lane Carlson.
Felipe e Rodrigo.
Gustavo e Flávio.