quarta-feira, 31 de julho de 2013

O Quinteto


De todas as escolas que tinha estudado até o momento, essa foi a que mais tinha feito amizade.

Estudei com o André que morava no mesmo bairro que eu. Às vezes, quando íamos para a aula particular de Matemática, seu pai vinha me buscar, ou então ele me trazia de volta para casa. 

Deixei ele olhar a piscina de casa, mas nunca o convidei para tomar banho. Meus pais eram muito rígidos e barravam a presença dos meus amigos. Ele era bem branquinho e gordinho. Tinha o cabelo cacheado. 

Lembro de uma loja em que fomos depois das aulas, e compramos um estojo de canetas hidrocor. Sempre que vejo essa marca de canetinhas, lembro dele.

Outro colega era filho de um farmacêutico. Depois de um bom tempo, acabei descobrindo que meu pai era freguês da farmácia do pai dele. 

Certa vez brigamos, e acabamos indo para os "finalmente". Mas fizemos as pazes rapidamente. Também era bem branquinho, mais alto e forte do que eu.

O outro branquinho também era meio gordinho. Era o trio dos gordinhos. Apenas eu e o filho da juíza éramos magros e morenos. O filho da juíza foi um amigo em especial. Em breve falarei mais sobre ele.


Odiava fazer Educação Física, por que quase sempre era jogar bola. Foi assim que fiz amizade com o filho da juíza.

Beijos nos pés!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Escola nova e excursões


Da quarta à sexta série, eu estudei em outra escola particular que ficava próxima do trabalho do meu pai. Quando ele não podia me buscar, mandava um empregado que era gente fina. 

Lembro que certa vez pararam ele e fizeram ele tirar uma camisa do exército. Acho que invocaram com ele.

A escola não tinha piscina como a outra, mas tinha quadras de vôlei, basquete, futebol de salão e campinho. 

Tinha bastante árvores. Muitos pés de mangas rosadas. Quando as mangas estavam na época, chovia manga no nosso campo. Graças à Deus, nunca caiu nenhuma manga em cima de mim. 


A única coisa que gostava daquela escola era o auditório. 


Certa vez inventei de fazer um teatro com uns colegas. Pedimos para ensaiar. Quase no fim, é que demos fé que uma das freiras estava só nos observando. 

Lembro que ela nos elogiou, e ofereceu o teatro para ensaiarmos uma peça de teatro. Acabou que não fizemos nada. Depois daquele dia, nunca mais brincamos de teatro.

Também tinha uma capela, mas quase não usava muito. Essa área era usada na maioria das vezes pelas freiras ou professores.

A quarta série eu fiz de manhã. Lembro até hoje de uma professora de inglês que era americana. Falava o português bem enrolado. Mostrava cartões com figuras e suas respectivas palavras em inglês. Falava e mandava a gente repetir.

Na quinta série, tive uma professora de inglês que era canhota. Gostava tanto dela que quando estava em casa, treinava em escrever com a mão esquerda. 

Meu irmão me dedurou para minha mãe, e ela brigou comigo. Hoje em dia, sabemos que é bom a gente treinar fazer as coisas com as duas mãos para exercitar os dois lóbulos do cérebro.

Estudei com uma professora de Ciências durante três anos. Lembro que ela usava um relógio Technos de trocar pulseiras. Todo dia ela trocava a pulseira. 

Às vezes ela combinava com o uniforme dela que era rosa, verde ou azul. Gostava tanto da professora e do relógio, que comprei um e uso até hoje. No momento uso a pulseira cinza porque a pulseira preta quebrou.

Na quarta série, não fiz amizade com ninguém. Quando foi na quinta é que conheci os meus amiguinhos e formamos O Quinteto.

Lembro de uma colega que cantava música Gospel. Ela era um pouco arrogante. Viajou para a Disney e gravou seu disco. Anos depois, encontrei com ela e ela estava tão diferente. 

Percebi que a mãe, que estava com ela, é que era nariz empinado. Fiquei sabendo que ela passou por alguns problemas, por isso acabou calçando as sandálias da humildade.

Asilo: Fiz algumas excursões que lembro até hoje. Fomos em um asilo. 

Levamos roupas e comestíveis. Lembro de uma velhinha que tinha um barrigão. Pensei que ela estivesse grávida. Alguém me disse que era câncer. Alguém contou que uma velhinha tinha comido o sabonete. 

Talvez tivesse com problemas mentais, ou então era fome mesmo. A gente sabe que tem muito asilo que maltrata os idosos. Esse passeio transformou minha vida. Acho que todos deveriam visitar um asilo para poderem respeitar mais os idosos.

Corpo de bombeiros: Outra vez fomos ao Corpo de Bombeiros. 

Nunca esqueci esse passeio. O carro imenso, a mangueira do caminhão pipa, as aulas de primeiro socorros.

Beijos nos pés!