Dias
atrás peguei uma pasta com coisas da minha infância. Tinha diplomas,
certificados, provas e muitas recordações antigas.
Alfabetização:
No meu diploma de pré-escola constava o nome da minha primeira professora. Se chamava
Maria das Graças. Infelizmente não consigo lembrar dela, apenas das outras das
séries seguintes.
Cabeça
quebrada: Lembro que tinha um pátio bem grande e na hora do recreio era a maior
festa. Certa vez inventei de andar de patins que os colegas traziam, mas só
levava tombos.
No
pátio, havia um jardim com grama e um corrimão de ferro para não deixar ninguém
entrar no gramado. Uma vez inventei de me pendurar na barra de ferro, aí na
hora que virei para trás, bati com a cabeça na guia de concreto.
Lembro que
comecei a chorar porque saia muito sangue. A madrinha da minha mãe trabalhava
lá na escola, então corri para os braços dela.
Acho que tinha seis anos quando
tudo aconteceu. Ela fez um curativo e demorou para parar de sangrar. Queria me
levar no hospital para levar pontos, mas pedi que não.
Quando
fui para casa, tentei de todas as maneiras impedir que minha mãe me levasse ao
hospital. Como o sangue estancou, fiquei de boa.
Mas quando foi à noite na hora
de dormir, o corte abriu e começou a sujar o travesseiro. Mesmo assim, fiz de
tudo para não ir ao hospital.
Tinha trauma de agulha. Minha mãe colocou uma
toalha para não sujar o travesseiro. De manhã o sangue na toalha estava
enegrecido.
Trauma
de dentista: Outra vez precisei arrancar um dente pré-molar e tinha que ser no
dentista. Lembro que o dentista era muito impaciente e mandou chamar o lobo mau
para me pegar.
Como não deixei ele fazer o serviço, meu pai teve que arrumar
outro dentista. Não lembro muito bem, mas foi menos traumático. Desde a
puberdade que só vou em dentista mulher.
Faço limpeza de seis em seis meses e
adoro a minha dentista. Mas ainda tremo de medo e fico todo encolhido quando
sento na cadeira, com medo do lobo mau. Kkkk
Diarreia:
Lembro apenas uma vez que comi alguma coisa que me fez mal. Então me deu uma diarreia
e acabou não dando tempo de chegar ao banheiro. Acabei cagando nas calças.
Algum colega mais velho me fez medo, dizendo que iríamos tomar uma
agulhada e que iria doer muito. Acho que foi aí que começou meu trauma por
agulha.
Lembro que corri para debaixo da mesa da madrinha da minha mãe e
comecei a chorar, dizendo que não iria tomar de jeito nenhum.
Vovó Preta tentou
me acalmar e conversou comigo. Ela tinha uma barraquinha de doces e salgados. Sempre
cuidava de mim e era muito paciente.
Hoje
em dia, não tenho mais problemas em me vacinar. Faço questão de manter as
vacinas em dia e ando sempre com a carteirinha.
Sempre que vou tomar injeção ou
vacina, diferente das pessoas que viram a cara para a agulha, eu gosto de
enfrentar de frente. Gosto de ver a agulha sumindo na minha pele.
Faço limpeza
de seis em seis meses para o dente não cariar, mas quando preciso fazer uma
restauração, nunca uso anestesia.
Beijos
nos pés!