terça-feira, 30 de abril de 2013

Educação Infantil



Dias atrás peguei uma pasta com coisas da minha infância. Tinha diplomas, certificados, provas e muitas recordações antigas.


Alfabetização: No meu diploma de pré-escola constava o nome da minha primeira professora. Se chamava Maria das Graças. Infelizmente não consigo lembrar dela, apenas das outras das séries seguintes.

Cabeça quebrada: Lembro que tinha um pátio bem grande e na hora do recreio era a maior festa. Certa vez inventei de andar de patins que os colegas traziam, mas só levava tombos.


No pátio, havia um jardim com grama e um corrimão de ferro para não deixar ninguém entrar no gramado. Uma vez inventei de me pendurar na barra de ferro, aí na hora que virei para trás, bati com a cabeça na guia de concreto. 


Lembro que comecei a chorar porque saia muito sangue. A madrinha da minha mãe trabalhava lá na escola, então corri para os braços dela. 


Acho que tinha seis anos quando tudo aconteceu. Ela fez um curativo e demorou para parar de sangrar. Queria me levar no hospital para levar pontos, mas pedi que não.


Quando fui para casa, tentei de todas as maneiras impedir que minha mãe me levasse ao hospital. Como o sangue estancou, fiquei de boa. 


Mas quando foi à noite na hora de dormir, o corte abriu e começou a sujar o travesseiro. Mesmo assim, fiz de tudo para não ir ao hospital. 


Tinha trauma de agulha. Minha mãe colocou uma toalha para não sujar o travesseiro. De manhã o sangue na toalha estava enegrecido.


Trauma de dentista: Outra vez precisei arrancar um dente pré-molar e tinha que ser no dentista. Lembro que o dentista era muito impaciente e mandou chamar o lobo mau para me pegar. 

Como não deixei ele fazer o serviço, meu pai teve que arrumar outro dentista. Não lembro muito bem, mas foi menos traumático. Desde a puberdade que só vou em dentista mulher. 


Faço limpeza de seis em seis meses e adoro a minha dentista. Mas ainda tremo de medo e fico todo encolhido quando sento na cadeira, com medo do lobo mau. Kkkk

Diarreia: Lembro apenas uma vez que comi alguma coisa que me fez mal. Então me deu uma diarreia e acabou não dando tempo de chegar ao banheiro. Acabei cagando nas calças.


Vacinação: certa vez tivemos que nos vacinar. Fizemos uma fila indiana para ir até a enfermaria. 

Algum colega mais velho me fez medo, dizendo que iríamos tomar uma agulhada e que iria doer muito. Acho que foi aí que começou meu trauma por agulha. 


Lembro que corri para debaixo da mesa da madrinha da minha mãe e comecei a chorar, dizendo que não iria tomar de jeito nenhum. 

Vovó Preta tentou me acalmar e conversou comigo. Ela tinha uma barraquinha de doces e salgados. Sempre cuidava de mim e era muito paciente. 


Não lembro se me vacinei, mas lembro que chorei muito e fiquei morrendo de medo.


Hoje em dia, não tenho mais problemas em me vacinar. Faço questão de manter as vacinas em dia e ando sempre com a carteirinha. 

Sempre que vou tomar injeção ou vacina, diferente das pessoas que viram a cara para a agulha, eu gosto de enfrentar de frente. Gosto de ver a agulha sumindo na minha pele.


Não tenho problema em tirar sangue, mas evito a agulhada do dentista. 


Faço limpeza de seis em seis meses para o dente não cariar, mas quando preciso fazer uma restauração, nunca uso anestesia.

Beijos nos pés!