quinta-feira, 30 de maio de 2013

Biblioteca


Apesar de ter morado em casa com piscina, minha infância foi bem humilde. Meu pai quando casou não tinha nem onde morar. Arrumou um emprego numa firma de material de construção. 

Trabalhou muito e depois de várias promoções, acabou como sócio. Mas teve que fazer faculdade para conseguir subir na vida. Lembro que ainda era bem pequeno quando ele estudava à noite. Saia de manhã para trabalhar e só voltava depois das onze.

Depois de muita luta, construiu a primeira casa própria. 

Logicamente que fez empréstimo para poder construí-la. 

Adorava minha primeira casinha. Apesar de meu pai ter muitos livros. A biblioteca ficava juntamente com a sala de som. 

Eram livros de todas as espécies. 

Depois de mudarmos para a segunda casa que era bem maior, meu pai construiu uma linda biblioteca, com apenas livros.

Encomendou uma estante com madeira de primeira qualidade. Eram prateleiras que iam até em cima. Lembro que passava horas folheando os livros. Acho que é por isso que gosto tanto de ler.

Lembro que certa vez quase brinquei de médico com minha prima em cima dos livros. Não transei, mas dei muitos beijos de língua.

Quando começava o ano, adorava meus livros novos. Minha mãe encapava para conservá-los. Tenho alguns livros até hoje. Grande parte dos livros se perderam nas mudanças que fizemos. Outros doei para escolas, vizinhos e até bibliotecas comunitárias.

Hoje em dia moro numa residência simples de uma periferia humilde, mas ainda valorizo minha pequena biblioteca que fica instalada na minha única sala de estar.

Beijos nos pés!


terça-feira, 21 de maio de 2013

Brincadeiras de criança



Lembro como se fosse hoje de todos os brinquedos e brincadeiras que fazia quando era pequeno.

A primeira casa que tive com piscina tinha uma laje com escada de ferro na lateral. 

Não tinha nenhuma segurança, e sempre tomava cuidado na hora de subir. Às vezes subia para empinar pipa com meu irmão, pois o lugar era bem alto e ventava muito.

Adorava a piscina. Quando meu pai esvaziava e enchia, era uma festa só. Brincava de escorregar enquanto ela ia sendo enchida. Foram pouquíssimas vezes que ele esvaziou, mas lembro até hoje.

Nessa casa ainda era bem pequeno, e às vezes a minha mãe deixava a gente se juntar com a molecada da rua. Lembro que tinha uma menina que se chamava Sandra. 

Não sei porque motivo, meu irmão inventou uma história de uma menina que se cagava toda e que se chamava, Sandra cocozona. Ele contava essas histórias na hora de dormir, e lembro que só faltava mijar nas calças.

Certa vez, inventaram de fazer um teatro, no pátio de uma casa. Montaram um palco e teve até concurso de Miss Mirim. As meninas da rua desfilaram com seus trajes de roupas e depois, com roupas de banho. Não lembro quem ganhou, mas torci para a Sandrinha.

Brincávamos de bolinha de gude, esconde-esconde, pega-pega e de empinar pipas. Até que um certo dia, minha mãe nos proibiu de termos contatos com os vizinhos. 

Até hoje não sei porque a proibição, mas depois disso, nunca mais minha mãe deixou nós termos nenhuma espécie de amizade com vizinho nenhum. 

Morei em casas e prédios, mas era privado de tudo. Lembro que morei num prédio em São Paulo, na época da puberdade e adolescência, e que os meninos insistiam para minha mãe deixar eu ir com eles, mas ela nunca deixava. 

Uma vez um coleguinha disse que eu era estranho e que minha mãe não deixava nada. Acabei ficando sem a companhia de ninguém.

Morei em prédio com playground e piscina, mas nunca pude usufrui de nada. 

Nunca fui convidado para o aniversário de nenhum morador. Às vezes ficava na sacada, só escutando os risos da molecada.

Meus brinquedos preferidos eram um robô, um boneco lego que achei na rua, um trenzinho que meu pai montou em cima de um compensado. 

Guardei por anos e acabei dando para uma amiga dar para o filho. A maioria dos meus brinquedos se perderam nas mudanças que fazíamos, ou então doei muito tempo depois. 

Ainda guardo uma coleção de carrinhos de metal.

Brincava com meu irmão de Scotland Yard e Batalha Naval

Também brincava com meu irmão de Qual é a música? e de Ídolos, no qual apenas meu irmão cantava e eu servia de jurado.

Minha maior frustração era não ter tido uma bicicleta, visto meu pai achar perigoso. Fui aprender depois de grande na casa da minha prima da Praia Grande.

Outro brinquedo que sempre quis, era um boneco tipo Comandos em Ação, mas meu pai dizia que não podia porque era de guerra, e éramos religiosos.

Além das bolinhas de gude, alguns bonecos de pano que guardava em cima da cama, adorava mesmo a piscina da minha casa. Era do que mais brincava.

Beijos nos pés!

terça-feira, 14 de maio de 2013

Brincar de médico



Quando passei as férias na casa da minha avó, além de ter cheirado o esmegma do meu primo, e ter levado uma esfregada de pés do outro primo, fui aliciado pela minha prima mais velha.

Enquanto brincávamos de esconde esconde, minha prima me acochou na parede e me deu um beijo. Apesar de ser bem pequeno, acabei beijando a guria. 

Lembro que ela enfiou a língua na minha boca e depois pediu para eu enfiar a minha língua na boca dela. Disse que a mulher é que tinha que chupar a língua dos homens. 

Ficamos naquela putaria por um bom tempo. Mas lembro que não me empolguei muito não.


Depois de uns anos, acho que estava com uns onze anos, essa mesma prima veio passar as férias em casa. Ela tinha uns treze anos. Lembro que era morena, suava muito e tinha um cheiro forte. 

Lembro de um dia em que fomos para a biblioteca e, enquanto líamos um livro, ela me atacou literalmente. Começou a me beijar. Introduziu sua língua e pediu que eu chupasse. 

Depois pediu para eu colocar minha língua em sua boca para ela chupar. Ficamos muito tempo nessa brincadeira.


Outro dia, resolvemos ir para o quarto da empregada. Deitamos na cama dela e ficamos nos beijando. 


No meio dos beijos, minha prima abaixou minha bermuda e começou a pegar no meu pinto. Disse que era aquilo que primos faziam e que ela já tinha feito com os outros e que agora era a minha vez. 


Lembro que ela abaixou sua saia e tirou a calcinha. Pediu para eu passar a mão em seus pelos macios. Já estava ficando mocinha. Tinha uns peitinhos salientes. Não lembro se chupei os peitos dela, mas lembro que passei a mão.


Depois que estávamos nus, ela pediu para eu ficar por cima. Lembro que ouvimos um barulho. A empregada ia entrar no quarto, mas nos flagrou brincando de médico e resolveu ir embora. Depois do flagra, resolvemos parar por ali. Não lembro se comi minha prima. Mas acho que não. Tinha uns onze anos e acho que não tive ereção. 

Mas devo ter dado umas esfregadas em sua vagina. Lembro que ela forçava a barra e dizia que fazia isso com os outros primos e que eu tinha que fazer com ela de qualquer jeito. 


Depois disso, a empregada me chamou no canto e disse que havia visto o que tínhamos feito.


De vez em quando ela jogava na cara que iria contar para meus pais o que tinha feito. Não levei muito a sério porque minha prima tinha dito que era normal aquilo com primos. Então não me intimidei. 

De qualquer maneira, a empregada não durou muito tempo lá. Acho que ela nunca contou para meus pais. Acho que se contasse agora para minha mãe que tinha brincado de médico com minha prima, ela iria amar!

Beijos nos pés!

sábado, 11 de maio de 2013

Aranhas




Tinha uns seis anos quando fui passar uns dias na casa da mãe de um tio meu. 

A casa da Vó Maria ficava na frente. Tinha uma casa ao lado com outra filha e uma no fundo, com mais outra.

Fiquei alguns dias lá e brincava com um primo de segundo grau. 

Cheguei até a dormir no quarto dele.



Lembro que certa vez meu tio me levou ao Playcenter e entrei para ver O Mistério da Monga e comecei a chorar. Era um espetáculo em que a mulher se transformava em macaca. Lembro até hoje que chorei muito. Isso aconteceu na última noite que passei lá.


Também lembro da feira que tinha e ainda tem na rua da minha tia postiça. Adorava quando ela comprava frutas vermelhas. Ameixa, uva, morango e frutas do tipo.


Na manhã seguinte, o rapaz que morava na casa da minha tia, me deu uma caixinha de anel. Quando abri, tinha uma aranha de borracha. 


Lembro que fiquei assustado e chorei. Depois de chorar, meu amigo me disse que era de mentira e que era para eu guardar de recordação. Guardei comigo por um bom tempo. Mas quando estava com uns dez anos, resolvi levar para a escola para assustar os coleguinhas. Alguém tomou e levou para a coordenadora. Acabei ficando sem minha aranha.

Mia tia postiça me deu outra quando eu disse que havia ficado sem aquela araninha de estimação, mas não era o mesmo modelo. De quebra, ela me deu umas baratas de plástico. Tenho até hoje as baratas e a aranha. 


Mas sinto falta da minha aranha de estimação. O cara que me deu acabou ficando meu amigo, mas infelizmente ficou com depressão e acabou se suicidando. Fiz o possível para ajudá-lo, mas a depressão foi mais forte.


Sempre que lembro dele, lembro da minha araninha que tanto me fez chorar.

O medo inicial que tive da aranha me fez querer me aproximar dela. Meu primeiro herói em quadrinhos foi o Spiderman


Até hoje, tenho o maior cuidado para não matar as aranhas que aparecem em casa. Dias desses, uma araninha teve filhos e foi filhotes para tudo quanto é lado. Mas a maioria morreu de inanição. Pouquíssimas sobreviveram.

Meu herói predileto ainda continua sendo o Spiderman.


Beijos para todas as aranhas do mundo.

Beijos para o Spiderman.

Beijos nos pés!