Lembro
como se fosse hoje de todos os brinquedos e brincadeiras que fazia quando era
pequeno.
A
primeira casa que tive com piscina tinha uma laje com escada de ferro na
lateral.
Não tinha nenhuma segurança, e sempre tomava cuidado na hora de subir.
Às vezes subia para empinar pipa com meu irmão, pois o lugar era bem alto e
ventava muito.
Adorava
a piscina. Quando meu pai esvaziava e enchia, era uma festa só. Brincava de
escorregar enquanto ela ia sendo enchida. Foram pouquíssimas vezes que ele
esvaziou, mas lembro até hoje.
Nessa
casa ainda era bem pequeno, e às vezes a minha mãe deixava a gente se juntar
com a molecada da rua. Lembro que tinha uma menina que se chamava Sandra.
Não sei
porque motivo, meu irmão inventou uma história de uma menina que se cagava toda e que
se chamava, Sandra cocozona. Ele contava essas histórias na hora de dormir, e
lembro que só faltava mijar nas calças.
Certa
vez, inventaram de fazer um teatro, no pátio de uma casa. Montaram um palco e
teve até concurso de Miss Mirim. As meninas da rua desfilaram com seus trajes
de roupas e depois, com roupas de banho. Não lembro quem ganhou, mas torci para
a Sandrinha.
Brincávamos
de bolinha de gude, esconde-esconde, pega-pega e de empinar pipas. Até que um
certo dia, minha mãe nos proibiu de termos contatos com os vizinhos.
Até hoje não
sei porque a proibição, mas depois disso, nunca mais minha mãe deixou nós
termos nenhuma espécie de amizade com vizinho nenhum.
Morei em casas e prédios,
mas era privado de tudo. Lembro que morei num prédio em São Paulo, na época da
puberdade e adolescência, e que os meninos insistiam para minha mãe deixar eu
ir com eles, mas ela nunca deixava.
Uma vez um coleguinha disse que eu era
estranho e que minha mãe não deixava nada. Acabei ficando sem a companhia de
ninguém.
Nunca fui
convidado para o aniversário de nenhum morador. Às vezes ficava na sacada, só
escutando os risos da molecada.
Meus
brinquedos preferidos eram um robô, um boneco lego que achei na rua, um trenzinho
que meu pai montou em cima de um compensado.
Guardei por anos e acabei dando
para uma amiga dar para o filho. A maioria dos meus brinquedos se perderam nas
mudanças que fazíamos, ou então doei muito tempo depois.
Ainda guardo uma
coleção de carrinhos de metal.
Brincava
com meu irmão de Scotland Yard e Batalha Naval.
Também brincava com meu irmão
de Qual é a música? e de Ídolos, no qual apenas meu irmão cantava e eu servia
de jurado.
Minha
maior frustração era não ter tido uma bicicleta, visto meu pai achar perigoso. Fui
aprender depois de grande na casa da minha prima da Praia Grande.
Outro
brinquedo que sempre quis, era um boneco tipo Comandos em Ação, mas meu pai
dizia que não podia porque era de guerra, e éramos religiosos.
Além
das bolinhas de gude, alguns bonecos de pano que guardava em cima da cama,
adorava mesmo a piscina da minha casa. Era do que mais brincava.
Beijos
nos pés!