terça-feira, 21 de maio de 2013

Brincadeiras de criança



Lembro como se fosse hoje de todos os brinquedos e brincadeiras que fazia quando era pequeno.

A primeira casa que tive com piscina tinha uma laje com escada de ferro na lateral. 

Não tinha nenhuma segurança, e sempre tomava cuidado na hora de subir. Às vezes subia para empinar pipa com meu irmão, pois o lugar era bem alto e ventava muito.

Adorava a piscina. Quando meu pai esvaziava e enchia, era uma festa só. Brincava de escorregar enquanto ela ia sendo enchida. Foram pouquíssimas vezes que ele esvaziou, mas lembro até hoje.

Nessa casa ainda era bem pequeno, e às vezes a minha mãe deixava a gente se juntar com a molecada da rua. Lembro que tinha uma menina que se chamava Sandra. 

Não sei porque motivo, meu irmão inventou uma história de uma menina que se cagava toda e que se chamava, Sandra cocozona. Ele contava essas histórias na hora de dormir, e lembro que só faltava mijar nas calças.

Certa vez, inventaram de fazer um teatro, no pátio de uma casa. Montaram um palco e teve até concurso de Miss Mirim. As meninas da rua desfilaram com seus trajes de roupas e depois, com roupas de banho. Não lembro quem ganhou, mas torci para a Sandrinha.

Brincávamos de bolinha de gude, esconde-esconde, pega-pega e de empinar pipas. Até que um certo dia, minha mãe nos proibiu de termos contatos com os vizinhos. 

Até hoje não sei porque a proibição, mas depois disso, nunca mais minha mãe deixou nós termos nenhuma espécie de amizade com vizinho nenhum. 

Morei em casas e prédios, mas era privado de tudo. Lembro que morei num prédio em São Paulo, na época da puberdade e adolescência, e que os meninos insistiam para minha mãe deixar eu ir com eles, mas ela nunca deixava. 

Uma vez um coleguinha disse que eu era estranho e que minha mãe não deixava nada. Acabei ficando sem a companhia de ninguém.

Morei em prédio com playground e piscina, mas nunca pude usufrui de nada. 

Nunca fui convidado para o aniversário de nenhum morador. Às vezes ficava na sacada, só escutando os risos da molecada.

Meus brinquedos preferidos eram um robô, um boneco lego que achei na rua, um trenzinho que meu pai montou em cima de um compensado. 

Guardei por anos e acabei dando para uma amiga dar para o filho. A maioria dos meus brinquedos se perderam nas mudanças que fazíamos, ou então doei muito tempo depois. 

Ainda guardo uma coleção de carrinhos de metal.

Brincava com meu irmão de Scotland Yard e Batalha Naval

Também brincava com meu irmão de Qual é a música? e de Ídolos, no qual apenas meu irmão cantava e eu servia de jurado.

Minha maior frustração era não ter tido uma bicicleta, visto meu pai achar perigoso. Fui aprender depois de grande na casa da minha prima da Praia Grande.

Outro brinquedo que sempre quis, era um boneco tipo Comandos em Ação, mas meu pai dizia que não podia porque era de guerra, e éramos religiosos.

Além das bolinhas de gude, alguns bonecos de pano que guardava em cima da cama, adorava mesmo a piscina da minha casa. Era do que mais brincava.

Beijos nos pés!