terça-feira, 7 de maio de 2013

Travessuras de infância



Hoje em dia, o primeiro ano inicia-se na antiga alfabetização. Meus dois primeiros anos depois da alfabetização ficaram meio confusos na minha cabeça.



1ª série: Segundo minha mãe, minha professora se chamava Auxiliadora. Ela era bem novinha e tinha muito carinho com a gente. Não lembro de ter aprontado nada. Lembro como se fosse hoje, que ela tinha um baita cabelão. Passava da cintura. Devia ser evangélica.

2ª série: Minha professora da 2ª série se chamava Astéria e era mais velha que a outra. Tinha cara de ranzinza. Lembro que certa vez ela colocou alguma coisa no quadro e pediu para nós lermos. Quando chegou a minha vez, dei uma crise de choro e acabei indo para a barra da saia da madrinha da minha mãe que trabalhava lá.


Lembro que comecei cedo a alfabetização, e que minha mãe pagava professora particular. Tive um pouco de dificuldade em aprender a ler. Minha mãe era professora e exigia muito de mim. Passei anos e anos fazendo caderno de caligrafia para melhorar os garranchos que teimava em fazer.


Laboratório de ciências: Lembro de um laboratório de ciências que ficava no corredor por onde eu passava. Na hora do recreio, apostava com meus colegas para ver quem tinha coragem de ir na janela do pátio para ver o esqueleto que havia ali. 


Alguém inventou que viu o esqueleto se mexendo. Então apostávamos para ver quem ficava mais tempo olhando o esqueleto. Meus colegas saiam correndo e eu ficava sozinho, olhando e desejando pegar naquela ossada. Sempre gostei das aulas de ciências desde pequeno. 


Loirinho: Lembro de um amigo do qual fiquei apaixonado. Ele era loirinho e tinha um cabelo liso, em forma de tigela. Certa vez queria chamar a atenção dele e resolvi colocar pimenta em uma bala. Desenrolei a bala e melei com molho de pimenta.


Depois enrolei a bala da melhor maneira possível, para ele não perceber. Mas acho que acabei desistindo de dar para ele na última hora. Acho que fiquei com pena dele. Essa foi uma das poucas travessuras que tentei fazer, mas que não deu certo.


Ginástica olímpica: Também lembro que havia uma sala de ginástica, com direito a cavalo de pau, argolas, cama elástica e coisas do tipo. 



Às vezes quando acabava às aulas, a madrinha da minha mãe abria a sala para mim e meu irmão. Não era bom como o Diego Hipólito, mas adorava pular na cama elástica.


Banca de doces: A madrinha da minha mãe tinha uma banca de doces. Lembro que certa vez, um carinha mais velho, devia ser do ensino médio, tentou enganar minha avó postiça.


Ele foi com outro colega e um ficou conversando com ela virada, e o outro, ficou do outro lado e aproveitou para enfiar a mão na gaveta de dinheiro dela.


Lembro que na hora que o carinha tentou roubá-la, gritei para minha avozinha que o cara queria roubá-la. O cara saiu de fininho. Devia ter feito aquilo outras vezes.


Pena que não estava sempre lá para proteger a coitada, que tanto trabalhava. As pessoas deviam ter vergonha de roubar as pessoas idosas. Acho isso um pecado mortal gravíssimo. Tirar dos desprovidos.

Beijos nos pés!