quarta-feira, 26 de março de 2014

2º Ano do Ensino Médio

Tive que estudar à noite. Nesta época já trabalhava. Lembro que fiquei apaixonado por um colega moreno de olhos verdes. Seus olhos pareciam lentes de contato. 


Ao mesmo tempo que gostava dele, tinha uma menina que gostava de mim. Ela sentava na frente e vivia olhando para trás em minha direção. Meu colega que sentava do lado vivia dizendo para eu catar ela. 

Mas sabia que não ia rolar. Depois de um tempo, me aproximei dela, mas como amigo. Ela desistiu de mim e arrumou outro. Fiquei feliz por ela e tranquilo por mim.

Tive um professor de trinta e poucos anos que lecionava Inglês. Hoje em dia, descobri que ele trabalha como promotor público. 


Assisti ele um dia desses na TV. Nem acreditei! Era um bom aluno em Inglês. Tive uma colega que gostei muito, mas como amiga. No fim do ano, descobri que ela saia com o professor gato. Não sei se foi adiante. Perdi o contato com ela.

Lembro com carinho do Geraldo. Era forte, másculo, barba por fazer, tinha um corpão musculoso, já era de maior. Eu ainda parecia um adolescente saindo da puberdade. 


Certa vez, esse colega começou a apostar com outro cara quem ele comeria. Lembro que cheguei no meio da conversa e ele dizia que começaria por mim. 

Depois passaria para não sei quem, e por último comeria o colega com quem ele estava falando. No fim de tudo, ele não comeu ninguém. Só sei que o cara tinha uma cara de macho e era muito bonito. Tinha um pezão enorme. Sua pele era bem branca. Devia ter um pezão bem macio e quentinho.

Tive um professor de Direito que era um coroa gato. Usava uma barba ruiva bem feita. Acho um tesão os ruivos. Uma vez fiquei com um ruivo delicioso. Mas essa história fica para uma próxima vez. 


O professor ruivo certa vez fez a barba bem no dia da prova. Lembro que todos falaram que ele tinha feito a barba por causa da prova. Não entendi a comparação. Em todo caso, o professor ficou mais gato ainda. Não dava nem para tirar uma casquinha do professor porque a mulher dele trabalhava lá também.



Beijos nos pés!

quarta-feira, 19 de março de 2014

Festa na irmandade

Já que minha mãe não deixava eu frequentar a casa dos colegas da escola e muito menos as festinhas, o jeito era eu me contentar com as festinhas dos jovens da igreja. Certa vez, em uma das festas feita pela irmandade, os meninos ficaram azarando as meninas que tinham ido. 

Eu nunca azarava ninguém. Não sei se sabiam que eu era gay, mas meus amigos me aceitavam mesmo assim. Eles falavam muito das pegadas, contavam muitos “causos”, mas eu ficava sempre na minha. Tinha amizade com eles apenas para não ficar sozinho. Achei isso válido para minha adolescência, mas não era o tipo de amigos que eu queria. 

Numa dessas festas, não sei como rolou o assunto. Estávamos no quarto de um dos amigos da irmandade, então surgiu um assunto sobre ereção. 

Começaram a falar do tamanho do pênis. Nem lembro direito! Só sei que o chefe do grupo, o Jefferson, resolveu ir ao banheiro. Quando ele voltou, trancou a porta e abaixou as calças. Que susto que levei! 

Apesar de gay, não tinha atração e nem curiosidade pelos meus amigos. O Jefferson tinha uns 16 anos e estava com uma super ereção. Não sei quantos cm, mas era bem grande para a idade. Acho que porque ele era mulato. Seus pais eram bem negros. Até hoje, lembro do pauzão do meu amigo da irmandade chamado Jefferson. 

O cara cresceu e deve ter feito muito a alegria das meninas. Nesse dia, conversamos sobre masturbação. Foi a primeira vez que alguém tinha falado isso comigo. 

O colega que trabalhava no banco, às vezes soltava uns gemidos na hora da aula para mexer com os professores, mas não sabia direito o que era aquilo. Nesse dia, meus amigos da irmandade me explicaram que isso era uma coisa normal. Que todo adolescente passava por isso. 

Senti um pouco de alívio. Quando comecei a ejacular na puberdade, endurecia as pernas e me concentrava até sair o esperma. Demorei muito para me masturbar usando as mãos. Quanto tempo perdido!



Beijos nos pés!

terça-feira, 18 de março de 2014

A irmandade indo ao cinema


Éramos quatro que participavam dessa irmandade. O chefe do grupo se chamava Jefferson. Era um mulato. Deve ter ficado bem gostosinho. Era o mais pegador da turma. 


Traçada várias colegas e até uma frequentadora do grupo de jovens que tinha na igreja. Certa vez, ele saiu da igreja e foi para a casa de outra colega e ficou em frente se esfregando com uma irmãzinha da igreja. 

Nesse dia senti um pouco de ciúme dele, apesar de não gostar dele sexualmente. Nunca gostei de meus amigos com segundas intenções. Logo no início de nossa irmandade, combinamos de ir visitar algumas pessoas do bairro. Disse para minha mãe que ia estudar a bíblia com outros jovens. 

Mas na realidade, nesse dia, fui ao cinema. Fomos no Cine Ipiranga ver dois filmes de terror. Eu adorava filmes de terror. Sempre fui apaixonado. O Jefferson já tinha assistido o filme e na hora dos sustos, tentava me deixar com medo. Como gosto de filmes de terror, decepcionei ele, pois não tive medo. Apenas dava risada. Acho que sou o único no mundo que dá risada em filme de terror!

Quando voltamos para casa, minha mãe já tinha descoberto que eu tinha ido sabe Deus para onde! Então tive que falar a verdade. Não apanhei, mas ouvi muito! Meus amigos da irmandade não sofreram nada. A mãe do Jefferson tinha confiança nele, e ele nem precisou inventar histórias pela nossa ida ao cinema. 

Depois disso, minha mãe fez marcação cerrada. Um dos amigos da irmandade comentou que o Patrick, aquele amigo do prédio que operou de apendicite, disse que eu era estranho! 

Que minha mãe nunca deixava eu sair! Minha mãe me proibia de fazer amizades com os outros colegas, e eu é que era estranho. Tive que conviver com isso por um bom tempo.

Amanhã conto sobre nossas festas.

Beijos nos pés!

segunda-feira, 17 de março de 2014

Irmandade



Desde pequeno tive uma criação muito rígida. Minha mãe além de me reprimir muito, não deixava eu sair da linha. Tentava fazer amigos, mas todo lugar que morava era a mesma coisa. 

Parecia a mãe do Kiko, quando dizia para ele não se misturar com a gentalha. A partir da 5ª Série, fiz amizades com alguns colegas. Meu amigo de infância filho da juíza nunca veio até minha casa. 


Acho que ele nem sabia que na minha também tinha piscina. Quando morei em apartamento, alguns meninos tentaram fazer amizade comigo, mas minha mãe sempre cortava. 

Duas ou três vezes me encontrei com o pessoal no playground e na piscina do prédio. Quando estava no colegial, um amigo da escola queria frequentar minha casa. Então arrumava trabalhos em grupo como desculpa para ele ir lá. 


Mas mesmo assim, minha mãe não deixava. A partir daí, ele começou a frequentar a casa daquele colega que trabalhava no banco. Certa vez ele contou que chegou lá para acordá-lo e ele estava dormindo. 

Quando ele puxou o lençol, o carinha estava só de cueca. Fiquei com tanta vontade de vê-lo assim! Eu sentia necessidade de ter amigos como todas as pessoas normais. A adolescência é uma fase que não pode ser passada por solidão. 


Então resolvi fazer amizade com um grupo de jovens que frequentava a igreja. Foi assim que pude me soltar mais e compartilhar todas as agruras da adolescência. Saber o que acontecia na mente e no corpo dos outros caras da minha idade.

No começo, quando me enturmei, me senti um pouco estranho! Acho que por que eles falavam muito de meninas. Com 15 anos, todo jovem  sente alguma coisa por alguém. 

A única diferença é que sentia atração por homens. Nessa época, gostei do colega do banco, do moreno que se transferiu para a noite, do amigo do meu pai e de até algumas meninas da escola. Sentia necessidade de contar isso para alguém, mas não tinha confiança neles. 


Se eu dissesse para meus amigos da igreja que eram héteros, que gostava de meninos e de meninas, acho que seria expulso da irmandade. Então tive que levar isso adiante por um bom tempo, até me mudar para outra cidade.
  
Beijos nos pés!

domingo, 16 de março de 2014

O irmão do novato

Estava com uns quinze anos. Apesar da idade, ainda tinha rosto de criança. Lembro de um certo cara que mudou para o meu prédio. 

Apesar de não frequentar a turma do condomínio, eu tinha apenas um amigo com quem conversava. O Patrick. Lembro que quando era mais novo quase morreu de apendicite. Sofreu maus bocados.

Certa vez chegava da escola quando encontrei o Patrick conversando com um carinha no hall de entrada. O carinha era branco e tinha os cabelos tingidos de loiros. Um tom mais claro que o dele. 


Acho que seu cabelo era castanho. Ele me apresentou e ficamos conversando um pouco. O pai do cara tinha sido transferido para São Paulo e ele teve que vir junto. Era órfão de mãe. Tinha mais um irmão mais velho. Não pude ficar muito tempo conversando porque tinha hora para chegar em casa.

Quando foi no fim de semana, desci para comprar pão na padaria. Fui até lá, umas três quadras de casa e voltei. Quando passei pela portaria, notei um carinha me olhando com cara de tesão. Nunca o tinha visto. Fiquei aguardando o elevador chegar e o cara só me olhando. Comecei a ficar um pouco incomodado. 

Naquela época, não passava pela minha cabeça que um cara podia estar gostando de mim. Achava que só eu era diferente do mundo. 

Não tinha contato com gays, então não sabia o que passava pela cabeça das outras pessoas. 


Fui criado em colégio de padres e o regime era sério. Um controle só. Em casa, na rua, na igreja, na escola. Parecia que tinha um monte de pessoas a me vigiar. Me sentia como naquele filme, “O show de Truman”. 

Resolvi subir pela escada de incêndio. Fiquei só pensando no cara. Sem querer, acho que ele despertou algum sentimento em mim. Passou alguns dias e o encontrei novamente na entrada do prédio conversando com o “novato”. É assim que me referia ao novo amigo de Patrick. 

Cumprimentei o cara e ele me apresentou-o como sendo seu irmão. Jamais tinha passado pela minha cabeça que ele podia ser irmão do novato. 


Os dois eram tão diferentes. Ele tinha a pele bem clara, porém seus cabelos eram castanhos escuros lisos. Era meio gordinho, porém, bem mais alto que eu. 

Quando o cara me cumprimentou, fiquei enfeitiçado com aquelas mãos. Eram gordas, macias e bem quentinhas. 

Suas unhas estavam bem cortadas. Um homem fala tudo pelas mãos. Primeiro reparo nas mãos, depois passo para os pés. Não quis ficar conversando e fui embora para meu apê. Tentei me concentrar na lição de Matemática, mas não consegui. 


Deixei de fazer e fiquei só pensando no garoto. Quinze anos é o despertar da adolescência. Difícil alguém passar por essa idade sem se apaixonar. Sempre que saía ou chegava, rezava para encontrar o carinha. 

Seus olhos eram acinzentados. Tinha uma boca bem rosada. Suas bochechas eram bem vermelhinhas. Não tinha muitas espinhas. Tinha um sorriso lindo. Toda vez que me via, me cumprimentava e sorria para mim. Nunca tive coragem de puxar conversa ou algo mais. Além de pernas lindas, tinha uns pés grandes e bem brancos. 

Por várias vezes, imaginei quão bom seria dar uma esfregada naqueles pés. Pouco tempo depois, tive que mudar daquele bendito prédio onde passei minha infância, puberdade e início da adolescência. Não consigo lembrar o nome dele, mas ainda lembro de seu sorriso!



Beijos nos pés!