terça-feira, 18 de março de 2014

A irmandade indo ao cinema


Éramos quatro que participavam dessa irmandade. O chefe do grupo se chamava Jefferson. Era um mulato. Deve ter ficado bem gostosinho. Era o mais pegador da turma. 


Traçada várias colegas e até uma frequentadora do grupo de jovens que tinha na igreja. Certa vez, ele saiu da igreja e foi para a casa de outra colega e ficou em frente se esfregando com uma irmãzinha da igreja. 

Nesse dia senti um pouco de ciúme dele, apesar de não gostar dele sexualmente. Nunca gostei de meus amigos com segundas intenções. Logo no início de nossa irmandade, combinamos de ir visitar algumas pessoas do bairro. Disse para minha mãe que ia estudar a bíblia com outros jovens. 

Mas na realidade, nesse dia, fui ao cinema. Fomos no Cine Ipiranga ver dois filmes de terror. Eu adorava filmes de terror. Sempre fui apaixonado. O Jefferson já tinha assistido o filme e na hora dos sustos, tentava me deixar com medo. Como gosto de filmes de terror, decepcionei ele, pois não tive medo. Apenas dava risada. Acho que sou o único no mundo que dá risada em filme de terror!

Quando voltamos para casa, minha mãe já tinha descoberto que eu tinha ido sabe Deus para onde! Então tive que falar a verdade. Não apanhei, mas ouvi muito! Meus amigos da irmandade não sofreram nada. A mãe do Jefferson tinha confiança nele, e ele nem precisou inventar histórias pela nossa ida ao cinema. 

Depois disso, minha mãe fez marcação cerrada. Um dos amigos da irmandade comentou que o Patrick, aquele amigo do prédio que operou de apendicite, disse que eu era estranho! 

Que minha mãe nunca deixava eu sair! Minha mãe me proibia de fazer amizades com os outros colegas, e eu é que era estranho. Tive que conviver com isso por um bom tempo.

Amanhã conto sobre nossas festas.

Beijos nos pés!