terça-feira, 11 de março de 2014

Presente de formatura


Quando me formei na 8ª Série, não quis fazer festa de formatura. Então pedi para meus pais uma viagem para ir visitar tios e primos em outra cidade. A viagem durava um dia. Meus pais não me acompanharam, então tiraram autorização para eu viajar sozinho. 


Fiquei muito animado, pois iria viajar sozinho sem o controle e a vigilância de ninguém! No dia marcado, me embarcaram no ônibus e recomendaram para o motorista ficar de olho em mim. 

Procurei fazer logo amizade com pessoas mais velhas, tipo vovô e vovó. Sentei em meu lugar marcado. Até a hora de sair o ônibus, ninguém sentou ao meu lado. 


Teve um carinha com vinte e poucos anos que estava sentado na poltrona da frente. Acho que o cara do lado dele estava meio bêbado, então o cara resolveu sentar na poltrona do meu lado que estava vazia. Ficou no lado do corredor.


Passou um tempo e o cara começou a folhear uma revista. Quando dei conta, vi que era uma Playboy! Então fiquei meio sem graça! Tinha apenas 14 anos e ainda não pensava nessas coisas. Muito menos em mulher! Depois de umas folheadas, reparei que o cara era meio gostosinho. 

Estava só de calção. Tinha umas pernas grossas e peludas. Reparei logo em seus pés, visto ele estar de chinelo. Tinha a pele morena clara, uns pés 42, bem vermelhos e pareciam ser bem macios.

Enquanto o cara se excitava com a revista, eu fui me animando com os pés dele. Estava de tênis. Pensei em tirar e ficar descalço para poder dar uma esfregada no carinha. Depois que escureceu. O cara puxou conversa comigo e, sem querer, eu disse que estava viajando sozinho. 

O cara depois de um tempo, começou a cochichar em meu ouvido e passou a mão na minha coxa. Acho que o cara ficou excitado por causa da revista. Apesar de ter gostado das pernas e dos pés do carinha, fiquei com medo dele. 


Empurrei a mão dele umas três vezes. Deixei claro que não estava a fim de nada. Tenho certeza absoluta que não dei “deixa” para o cara. Em nenhum momento, demonstrei que gostava dele. Quando olhei para as suas pernas e seus pés, fiz com muita discrição! Passei a noite em claro. Fiquei com receio do cara me bolinar.

No outro dia, amanhecemos em meu destino. Quando desci do ônibus, ainda avistei o cara de olho em mim. Mas fiquei perto de um segurança, esperando pelos parentes. O cara desistiu e foi embora. Dessa vez, me livrei por pouco! Até hoje não entendo como meus pais tiveram confiança em mim, por deixar eu viajar sozinho com aquela idade. 


Todos me chamaram de corajoso! Pensando bem, tive muita coragem!



Beijos nos pés!